tipos de robos industriais

Conheça os principais tipos de robôs industriais e a sua importância

4 de janeiro de 2020

Capazes de desempenhar funções repetitivas sem erros e em uma velocidade significativa, o uso de robôs já é uma tendência definitiva da Indústria 4.0. Mas eles não são como costumam ser retratados nos filmes de ficção. Na verdade, consistem basicamente em braços com movimentos limitados e variados graus de autonomia.

Neste post, vamos falar justamente dos principais tipos de robôs industriais, algumas de suas aplicações e como se dá a interação com os operadores humanos. Acompanhe e entenda mais sobre o assunto!

Os principais tipos de robôs industriais

Basicamente, existem três tipos de robôs industriais em relação à autonomia:

  • não-servos: são projetados para coletar e mover objetos, podendo trabalhar sem a presença de operadores;
  • servos: são os chamados robôs colaborativos, que trabalham em conjunto com os operadores, realizando uma gama maior de funções de acordo com as instruções;
  • programáveis: são servos, mas que podem armazenar comandos diversos e realizar operações repetitivas de acordo com a programação.

Já em relação à estrutura e funcionalidades, os mais comuns estão descritos abaixo.

Articulados

São os mais aplicados na indústria. Trata-se de um braço robótico conectado a uma base com junta de torção, o que possibilita o giro. Ele pode ter de duas a dez juntas conectando os elos do braço, sendo chamado de robô de 3 eixos, de 6 eixos etc., de acordo com o número de juntas — quanto mais eixos, maior a flexibilidade de movimento.

Cartesianos (x-y-z)

Também chamados de retilíneos, são retangulares, com três eixos perpendiculares (x-y-z), em que há o movimento linear deslizado. Esse é um dos tipos de robôs industriais de operação mais simples. Por isso, é usado para diversas aplicações, como montagem-desmontagem e carregamento-descarregamento, mas requer uma área operacional grande.

Delta

São robôs industriais com no mínimo três braços conectados a uma base comum, formando uma pirâmide invertida. Cada braço tem uma junta que exerce efeito sobre a base, com um envelope de trabalho em formato de cúpula. São velozes e precisos, sendo muito utilizados para coletas e transferências de produtos.

SCARA

Os robôs SCARA são velozes, fáceis de programar e excelentes para trabalhos repetitivos, muito utilizados para montagem e aplicações de peças. Eles têm uma base fixa, com eixos rotativos ligando a um braço que se move apenas horizontalmente e um envelope de trabalho em formato de anel.

A importância dos robôs para a indústria

Quando operadores humanos são submetidos a trabalhos que exigem a repetição ou um nível de detalhe muito grande, ficam sujeitos ao cansaço, à perda de atenção e outros problemas que podem comprometer a dinâmica da linha de produção e até mesmo a segurança dos colaboradores.

Sendo assim, os vários tipos de robôs industriais permitem agilidade, precisão e segurança para o chão de fábrica, o que resulta em um maior rendimento e qualidade na indústria.

Com isso, o potencial humano também é melhor aproveitado, já que os colaboradores podem se dedicar a tarefas em que têm seu conhecimento técnico mais valorizado, além de melhores condições ergonômicas de trabalho.

A robótica industrial no Brasil

O uso da robótica nas indústrias é uma tendência definitiva. Para que você tenha uma ideia, o relatório da Interact Analysis de 2017, divulgado pela Revista Veja, mostrou que a movimentação em relação à venda de robôs cresceu 60% só de 2017 a 2018.

Nosso país, no entanto, segue na retaguarda. Segundo a Federação Internacional de Robótica (IFR), em um levantamento comentado pela Valor Globo, a participação do Brasil na utilização de robôs era de apenas 0,6% no panorama global em 2017.

Ainda, os países que lideram a automação industrial, como a Coreia do Sul e a Alemanha, tinham pelo menos 200 mil robôs em funcionamento na época da pesquisa. A China, primeira colocada no ranking, aparecia com quase 500 mil. Já no Brasil, esse número era de pouco mais de 12 mil.

Esses dados mostram que nosso país ainda não aderiu a uma postura ativa na corrida da Indústria 4.0, sendo que, hoje em dia, contar com os vários tipos de robôs industriais é um enorme diferencial no desempenho do negócio.

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