custo de manutenção de estoque

Saiba como calcular o custo de manutenção de estoque!

13 de novembro de 2019

Em um cenário de intensa competitividade como o que vivemos na Indústria 4.0, todos os indicadores de desempenho de uma empresa fazem muita diferença na busca de melhoria contínua. O custo de manutenção de estoque é um deles e, talvez, um dos mais importantes.

Afinal, dentro da indústria, todas as operações são interligadas e impactam conjuntamente na satisfação de clientes e no sucesso do negócio. Otimizações na base, que é o estoque de mercadorias, podem ser decisivas para que os pedidos não tenham intercorrências e para que haja uma contenção de gastos na empresa.

Portanto, acompanhe este texto e saiba quais são os componentes de um cálculo de custo de manutenção de estoque!

Por que é importante calcular o custo de manutenção de estoque?

Ficar de olho no custo de manutenção do estoque é especialmente importante para manter o controle de operação na gestão industrial. Afinal, conhecer os números por trás da armazenagem de produtos é interessante para equilibrar a razão entre os recursos que são necessários e os que foram empregados, melhorando a gestão de compras.

Basicamente, podemos apontar como vantagens competitivas desse acompanhamento de custo:

  • redução de desperdícios na indústria;
  • conservação de peças;
  • reposições sob demanda;
  • diminuição de gastos;
  • otimização do espaço físico;
  • aumento da produtividade.

Ainda, o custo de manutenção de estoque fornece importantes insights sobre a gestão de logística da empresa. Se for muito elevado, é importante pensar em medidas que otimizem esse aspecto, como investir em tecnologias que ajudem a controlar entradas e saídas, apostar em outra organização do espaço físico etc.

Como manter o controle de estoque?

Antes de falarmos sobre o cálculo de custo de manutenção de estoque, é importante definir algumas boas práticas de controle desse setor na indústria.

Sem procedimentos eficientes e um acompanhamento minucioso, a empresa pode ter dificuldade para entender as quantidades disponíveis de cada tipo de mercadoria comercializada pela companhia.

Com isso, o cálculo do custo de manutenção do estoque não será tão relevante frente as grandes desvantagens competitivas já enfrentadas pela empresa. Portanto, anote aí algumas boas práticas.

Monitore entradas e saídas

O inventário de estoque deve ser constantemente atualizado para que todas as entradas e saídas sejam devidamente registradas, de modo que não haja surpresas quanto à quantidade indicada de cada item.

Além disso, é interessante contar com procedimentos rígidos e, de preferência, informatizados, para que esse monitoramento seja eficiente. Por exemplo, todas as saídas devem ser acompanhadas de requisições padronizadas.

Para fiscalizar esse controle, uma boa prática é a adoção de inventários rotativos, um sistema no qual, diariamente, um tipo de mercadoria é escolhido aleatoriamente e passa por contagem para conferir se a quantidade registrada bate com o que há armazenado. Diferenças nessa análise devem ser investigadas e apontam para falhas no controle de estoque.

Encontre a taxa de consumo médio

Com base no acompanhamento de entradas e saídas, a empresa conseguirá entender a taxa de consumo médio de cada item. Assim, com o tempo, o estoque pode passar por adequações no que se refere às requisições de novas mercadorias, evitando compras desnecessárias.

Ainda, o conhecimento sobre o giro de mercadorias ajuda a evitar ocorrências de falta de produtos que saem muito. Assim, toda a experiência de entrega de pedidos passa por uma otimização, o que garante um diferencial competitivo muito valioso na indústria e que pode até mesmo resultar em um aumento nas vendas.

Esteja de olho nas normas

Por fim, vale a pena estudar ou revisitar as normas de armazenagem previstas pela ABNT, como a NBR 15.524-2/2008 (Sistema de Armazenagem). Isso é fundamental para manter a gestão de qualidade em dia e, consequentemente, otimizar todo o controle de estoque.

Como fazer o cálculo de custo de manutenção de estoque?

Para acompanhar o custo de manutenção da sua empresa, é necessário ter em mãos uma série de valores referentes a custos associados. Esses, por sua vez, são afetados diretamente pelas políticas e procedimentos da empresa, por isso, trata-se de uma matriz ampla e dependente de muitos fatores. Veja os principais!

Custos de manutenção

Os custos de manutenção, propriamente ditos, são todos aqueles que envolvem diretamente a armazenagem de mercadorias. Eles podem variar entre 18% a 75% das despesas com o estoque e têm um alto potencial de otimização com o uso de tecnologias, treinamentos de equipes e análises de mercado. Eles se relacionam com:

  • oportunidade do capital — é o capital que está imobilizado no estoque, mas que poderia ser aplicado de modo mais rentável para a empresa, o que implica uma análise do retorno do dinheiro empregado;
  • impostos e seguros — refere-se às despesas com impostos pelas mercadorias paradas ou com seguro do local utilizado para depósito;
  • armazenagem física — todos os gastos que giram em torno do espaço físico de estoque, como contas de energia, aluguéis, impostos da propriedade e serviços (como o RH, tecnologias de sensoriamento e profissionais de segurança);
  • riscos de manutenção — é o custo que representa as variáveis que podem levar à perda de valor do estoque, incluindo as chances de extravio, prazos de validade vencidos, queda repentina na procura de certos produtos (obsolescência), furtos e danos.

Custos de pedido (ou requisição)

Trata-se dos custos que a empresa tem com a aquisição ou reposição de produtos, também chamados de custos de processamento. Nessa conta, inclua todas as despesas desde o recebimento de um pedido até a alocação do produto no estoque, incluindo:

  • custos de pedido — como cobranças e comunicação com fornecedores e o gerenciamento de contas dos clientes;
  • custos de logística — gastos com o transporte, como o custo de frete, taxas de importação, despesas com o recebimento de mercadorias etc.

Custos de falta

Para que a análise do custo de manutenção de estoque seja ainda mais completa, vale a pena observar, também, despesas referentes à falta de mercadorias após o pedido do cliente. Esses custos podem incorrer de mudanças repentinas de fornecedores e a substituição emergencial de produtos avariados, por exemplo.

Agora, basta somar os custos relativos às variáveis citadas (manutenção, pedido e falta) e observar qual é a razão entre essa somatória e o total de pedidos da empresa. Como estamos lidando com variáveis, não há estimativas muito precisas do percentual ideal para esse custo.

Portanto, cabe à empresa acompanhar esse percentual periodicamente e compará-lo a outros indicadores importantes, como a margem de lucro. Assim, dá para buscar uma otimização constante dessa matriz e traçar estratégias para equilibrar o custo de manutenção de estoque, alcançando vantagens competitivas essenciais para a saúde do negócio.

Tem mais algum hack para ficar de olho nesses custos? Como a sua empresa mantém esse controle? Deixe um comentário!

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