Carreira industrial: como a Indústria 4.0 está mudando o perfil do engenheiro?
Sabia que a palavra engenheiro vem do latim ingenium que, entre outras coisas, significa invenção? Não é à toa que essa é uma profissão diretamente ligada a soluções inovadoras. Por isso, os engenheiros que buscam uma carreira industrial precisam estar alinhados com as novidades da Indústria 4.0.
Elas não são poucas: conectividade, protagonismo de dados, Inteligência Artificial, máquinas autônomas, integração entre processos reais e digitais, entre muitas outras inovações trazem consigo a necessidade de adaptação, tanto por empresas como por profissionais.
Pensando nisso, preparamos este post com informações sobre como a carreira do engenheiro é impactada pelos novos moldes da indústria e, ainda, dicas para manter a competitividade nesse contexto. Acompanhe!
O que a Indústria 4.0 espera dos engenheiros?
A 4ª Revolução Industrial, conhecida como Indústria 4.0, traz um novo modo de se relacionar com a produção, que passa a ser mais inteligente, customizada e eficiente. Essas características se tornaram possíveis devido a alguns acontecimentos importantes das últimas décadas, como o avanço do Big Data, o desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) e da robótica avançada.
Além de proporcionar uma reviravolta no modo de produzir, essas mudanças trazem um outro impacto de grande relevância: uma revisão no papel humano frente a automação em massa.
Para que você tenha uma ideia, um estudo sobre o futuro dos empregos realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford mostra que 47% das profissões atuais estão em risco, devido ao impacto da informatização.
Ainda, a publicação The Future of Jobs, do Fórum Econômico Mundial, em 2016 já estimava que, até o ano de 2020, 35% das habilidades requeridas no universo profissional seriam substituídas por outras, justificadas pelo contexto da Indústria 4.0.
Mas fique tranquilo! A engenharia é uma das profissões que não correm risco. Afinal, está diretamente relacionada às inovações nas linhas de produção.
Aliás, na pesquisa do Fórum, os especialistas afirmam que a Engenharia está entre as profissões com previsão de aumento no número de empregos. Mas é claro, o profissional precisa se adaptar às novas demandas para permanecer em posição competitiva.
Quais conhecimentos estão ligados à nova fase da indústria?
Algumas das principais tendências na carreira industrial e que precisam de destaque no currículo dos engenheiros estão descritas abaixo.
Ciência de dados
Uma das áreas mais promissoras da Indústria 4.0 é a Science Data. Inclusive, os cientistas de dados estão na primeira colocação das profissões com mais empregos novos em 2019 na América, com previsão de aumento contínuo nos próximos anos.
Basicamente, esse conhecimento tem a ver com o tratamento eficiente de dados, de modo a extrair informações valiosas para a indústria.
A área integra estatística, matemática, computação e Big Data, e é relativamente nova no Brasil, sendo que a Universidade de São Paulo (USP) é a primeira instituição de ensino superior com uma graduação para isso, incorporada ao curso de Estatística a partir de 2020.
Tecnologia da Informação (TI)
Assim como os especialistas em dados, os profissionais com conhecimento em Tecnologia da Informação encontram um terreno muito favorável no contexto da Indústria 4.0. São, por exemplo, engenheiros especializados em cibersegurança, redes e softwares.
Mesmo para quem vem de outras áreas, como a Engenharia Mecânica ou de Produção, o conhecimento em TI é indispensável para entender as novas dinâmicas produtivas, já que a tendência é que, cada vez mais, as linhas de produção, máquinas e equipamentos sejam interconectados.
Robótica avançada
Por fim, outra grande potência da Indústria 4.0 é a robótica avançada. O futuro ficcional proposto por Isaac Asimov (1920-1992) com seus icônicos livros Eu, Robô e a trilogia Fundação, hoje em dia, não parece tão distante da realidade.
A maior parte dos recursos que utilizamos no smartphone têm algum tipo de Inteligência Artificial. Embora os robôs com aparência humanoide ainda não transitem entre nós — com exceção da robô Sophia —, estamos cercados por máquinas inteligentes e perceptivas.
Na indústria, já existem braços robóticos e equipamentos capazes de tomar decisões sem comandos humanos, apenas com base na análise de dados e da experiência. Essa última característica se deve aos avanços no aprendizado de máquinas (machine learning), que dota a Inteligência Artificial da capacidade de identificar padrões e aprender com eles.
Essas são tendências definitivas no contexto produtivo e, exatamente por isso, de conhecimento indispensável na carreira industrial.
Quais habilidades são bem-vindas na Indústria 4.0?
Além de conhecimentos específicos para a carreira industrial nesse novo contexto, o profissional da engenharia precisa buscar o desenvolvimento de habilidades que estão sendo mais demandadas hoje em dia.
De acordo com o infográfico produzido pela Revista Exame, com base nas considerações de especialistas, estão entre as principais características do chamado Profissional 4.0:
- visão técnica — ter conhecimentos precisos sobre as novas tecnologias, especialmente as voltadas para a mecatrônica (engenharias mecânica e eletrônica);
- multidisciplinaridade — ter competência para assimilar um conhecimento mais amplo, de modo a entender o processo industrial de forma mais global;
- senso de colaboração — principalmente as habilidades relacionadas à boa comunicação e ao estabelecimento de relacionamentos interpessoais saudáveis;
- senso crítico — capacidade analítica para tomar decisões a partir do estudo de dados e tendências em tempo real;
- flexibilidade — para se adaptar às mudanças trazidas pela Indústria 4.0, especialmente ao lidar com máquinas autônomas e equipamentos interconectados.
Como esse profissional pode se adaptar às novas exigências?
O profissional da engenharia interessado na carreira industrial precisa atualizar seus conhecimentos e treinar suas habilidades conforme as novas demandas da 4ª Revolução Industrial. Por isso, é importante buscar por cursos de pós-graduação ou de especialização com foco nas áreas em ascensão.
A dica é apostar na modalidade de educação a distância, que tem passado por um salto na oferta e na aceitação em mercado. Existem cursos superiores e livres para capacitação em robótica, Inteligência Artificial e TI, por exemplo. Além disso, aprender mais do que um idioma é algo bem-vindo.
Conseguiu entender como a engenharia voltada para carreira industrial vem sendo afetada pelas novidades tecnológicas? Como vimos, o profissional que quer se manter competitivo em mercado precisa buscar atualizações de seus conhecimentos, levando em conta as características da Indústria 4.0.
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